Entrevistas

ENTREVISTA COM A BANDA DETONAUTAS ROCK CLUBE 

"Eu acho que a maior crise que a gente está vivendo hoje em dia é a crise moral [...]" Tico Santa Cruz


A banda Detonautas Rock Clube esteve em Santarém-Pa, para apresentar seu novo projeto paralelo chamado clássicos do rock. Em quase duas horas de show, a banda mesclou músicas novas com antigos sucesso agradando ao público presente.
Antes da apresentação, os Detonautas participaram de uma tarde de autógrafos no Rio Tapajós Shopping e atenderam a imprensa. Durante a coletiva,  eles falaram sobre a exploração e devastação da Amazônia, sobre a atuação do rock no cenário atual comparado a atuação do estilo nos anos 80. Comentaram sobre corrupção e a ascensão das classes mais podres e de como isso influência no contexto musical brasileiro. Acompanhe abaixo a entrevista:

Repórter: Como vocês vê a questão da Amazônia nesse atual cenário político pelo qual o Brasil passa de crise. O que vocês sabem da Amazônia no eixo Sul e Sudeste?
Tico Santa Cruz: Boa noite! O que a gente percebe, na verdade, vivenciado de longe, é que a Amazônia vem passando por um processo bem complicado. As metas que foram traçadas para combater o desmatamento e a exploração na Amazônia ainda não foram batidas. Existe um interesse muito grande de outros países, como os EUA, por exemplo, que sabem das riquezas que existem por aqui, na tentativa de alguma forma, se inserir economicamente pra poder pegar esse território. Lá fora eles já ensinam que a Amazônia nem é parte do Brasil, que é um território Internacional. Já estivemos em alguns lugares da Amazônia que não se podia passar porque era território onde tinham japonese, americanos, alemães... Então é complicado! Temos que procurar defender nosso país. É a nossa maior riqueza, talvez a maior que a gente tem no Brasil, não só pela biodiversidade, mas de modo geral. Eu  acredito que é preciso que o governo tenha muito cuidado com a Amazônia e crie mecanismos para defender o país. Defender o crescimento desse desmatamento, dessa devastação... A gente passa de avião e vê áreas enormes, espaços já devastados que são preocupantes. Acho que temos que ter uma empresa estatal. Nossa. Brasileira. Que cuide da Amazônia, que possa  estudar a Amazônia e desenvolver mecanismos para atender os nossos interesses e, assim,  os nossos interesses serão os interesses dos estrangeiros.
Encaramos com cuidado e cautela o que está  acontecendo e ocorre aqui. A gente vê movimentos como o Greenpeace e outras entidades que buscam a preservação do nosso território. E é preocupante, esse crescimento do desmatamento e da exploração da nossa floresta.

R: Não é a primeira vez que vocês tocam aqui, já estiveram no Çairé junto com Raimundos. Quero saber o que vocês acharam da cidade e como avaliam a questão do rock, não só em Santarém, mas no Norte do país. Conhecem bandas de rock paraense?
Renato Rocha: Fizemos um show com Raimundos aqui em Santarém, em Belém, e a receptividade foi muito bacana. A galera curti rock. Por mais que as pessoas não vejam o rock na mídia, em horário nobre, mas o público de rock cresce, é uma coisa que acaba passando. O primo mais velho mostra para o outro,  o pai mostra para o filho e a coisa vai andando pra frente.
Infelizmente não temos muito tempo pra ficar nas cidades, pra conhecer a fundo, por exemplo, daqui a pouco a gente vai comer um peixe ai, claro, né? (risos) Então tem coisas que a gente não consegue aproveitar, mas sempre fazemos questão de manter contato com a galera.  No Norte, conhecemos a banda Versalhes, que foi destaque, uma banda bacana. A gente sabe que tem outras bandas, não só no Norte, mas no Brasil inteiro tem bandas bacanas.
Quem gosta de rock tem que procurar. A Internet é a maior plataforma pra você descobrir bandas novas que estão fazendo música em português, cantando música autoral.
Antigamente, há vinte, trinta anos, quando você falava que tinha uma banda era só um músico, hoje não, você tem que falar que tem uma banda autoral. Banda é banda, tem que fazer o seu material. Se tem algum músico aqui que tem banda ou pretensão [de ter uma] eu acho que o caminho é mais difícil, mas você está fazendo aquilo que acredita, do seu jeito e com a sua criatividade.
O rock sempre vai ter um público específico, a gente sempre vai encontrar essa galera nos shows. Os shows das turnês estão sempre lotados. Tem público! Quem acha que rock não existe está por fora, está vivendo só o que é determinado pela mídia e acaba a deixando de conhecer a diversidade cultural que o Brasil apresenta.

R:Como a banda avalia a atuação do rock no cenário atual, levando em consideração a atuação nos anos 70, 80?
Renato Rocha: Eu acredito que umas das grandes dificuldades do Brasil é a questão da monocultura. Quando um estilo está mais em evidência, parece que só aquele estilo existe, e isso é negativo. O rock já foi a monocultura dos anos 80; o rock Brasil com  aquela geração de bandas, que a gente  cresceu  ouvindo, lá do Rio de Janeiro, no Circo Voador, como o Barão Vermelho. Acho que a grande barreira é essa!
Um país com tantas manifestações culturais e regionais que a gente tem, que poderiam conviver simultaneamente, e não esbarraria nesse problema da monocultura. Eu acho que essa é a maior dificuldade em relação aos anos 80. Nos anos 80 o rock era a bola da vez, as bandas dos anos 70 prepararam o terreno e vieram as bandas dos anos 80 como, blitz, Legião... e explodiram.
Hoje está na onda do sertanejo. Onde você vai, toca sertanejo. Então! só tem isso?  Não!  Tem milhares de bandas ai.

Repórter: Com esse boom do sertanejo, do funk, como a banda tenta manter sua visibilidade?  Procura inovar, fazer alguma coisa?
Renato Rocha: Se você for navegar conforme a corrente e querer agradar todo mundo, vai acabar não agradando ninguém. O público do rock é um público crítico. A galera não gosta de qualquer coisa, não é só porque apareceu e está tocando na mídia que eles vão ouvir. A pessoa quer ouvir a letra, saber o que está sendo dito, se identificar com aquilo, criticar ou não,  'deixar a música bater'. A música bate na gente de diversas formas diferentes. E o público do rock acaba correndo atrás das novidades, quer saber sobre as bandas novas.
Se existem bandas de rock aqui, participa, vai ao show, vai ver o que a banda faz ao vivo, porque é ao vivo que a mágica acontece. Ouvir o disco é legal,  mas as grande bandas, ao vivo, é que potencializam no som, na música, na performance. Se a galera quer apoiar as bandas de rock,  vão aos shows, vejam o que está acontecendo, se não gostarem, tudo bem! mas dá uma oportunidade pra conhecer bandas novas, autoral. Se tiver um movimento parecido, de banda aqui, uma, duas, não interessa, se tiver show e a galera puder participar, eu acho que isso fortalece o rock e daqui a pouco vem ai um novo ciclo,  e de repente o rock volta a entrar em trilha de novela...
Banda de rock é que nem barata, em cada esquina vai ter uma. E o  rock é igual ao Jason, morre, mas depois volta.

Tico Santa Cruz: Quero contextualizar, uma questão pra quem é mais jovem. A manifestação brasileira de rock sempre está ligada a uma cena político-social. Nos anos 80, tínhamos acabado de sair de uma ditadura, e o rock nacional falava o que os jovens queriam dizer, através do Legião, do Ira e de várias outras bandas. Era a formas de se manifestar que na época a gente tinha. E agora, de 2000 pra frente vimos uma ascensão das classes mais pobres, o que é produtivo para o país, e nessa ascensão, os estilos, que também estavam vinculados aos estilos dessas pessoas mais humildades começou a prevalecer porque o mercado começou a consumir mais isso. Então, é importante ressaltar, que apesar da gente, talvez,  não compactuar do mesmo gosto, existe um motivo e é legítimo, também, que esses estilos estejam em evidência nesse momento porque são pessoas que estão consumido esse tipo de material.
Talvez as pessoas se identifiquem com os funk ostentação porque nos anos 80 uma pessoa pobre não tinha nada pra ostentar, hoje, talvez, ela tenha condições de ostentar alguma coisa, ainda que a ostentação seja uma coisa pejorativa, no sentido de que, quem ostenta alguma coisa sempre tem uma insegurança, por isso está ostentando. Mas é preciso lembrar que antigamente a pessoa não tinha nada, um relógio, um carro, os bens matérias que hoje ostenta. A gente  espera que mude isso, que as pessoas não tenham só dinheiro, mas passem a ter conhecimento também pra poder ostentar mais do que só coisas materiais.
É bom você sempre situar o porque de cada manifestação artística está em evidência pra não ficar uma coisa meio vaga. Pra não acharem que é simplesmente por uma questão de modismo. Sempre tem um contexto político-social por trás de todas as coisas que acontecem  nas nossas vidas e esse é o contexto que a gente vê hoje. Pode ser, que no futuro, o rock volte a ter voz novamente, porque o rock, o hip hop e o reggae são os únicos estilos que contestam, que tendem a criar um senso crítico, enquanto esses outros estilos como funk, sertanejo e axé são estilos puramente voltados para o entretenimento. Para entreter, eles funcionam bem, mas quando tem que questionar e falar o que as pessoas querem ouvir, eles não funcionam tão bem assim, e talvez num desses momento o rock volte a ser o viés principal de diálogo entre a sociedade e a Cultura.

R: Tico, a gente sabe que você é um artista muito politizado. Você falou bem que as bandas dos anos 80 tocaram muito na questão social, política... A banda, como Legião Urbana fez muita música de protesto e hoje a gente vê que as bandas de rock não têm tanta essa vocação pra fazer música de protesto. O Renato Russo disse uma vez que o Brasil é o país do futuro. Diante dessa crise que a gente está vivendo, você acredita que o Brasil continua sendo esse país do futuro?
Tico Santa Cruz: Eu acho que a maior crise que a gente está vivendo hoje em dia é a crise moral, não só por parte dos nossos governantes, mas por parte da população também, que nunca assumi a responsabilidade das coisas que acontece no país, sempre procura colocar a culpa em alguém e não sabe exatamente qual é  o seu papel dentro da sociedade pra poder modificar o que está reclamando. É confortável para qualquer um sempre culpar, apontar o dedo e dizer que a culpa é de alguém. Então nesse sentido é que a gente fala que o Brasil é o país do futuro porque as pessoas nunca se colocam pra resolver um problema ou para tentar ajudar a resolver o problema no momento, nesse momento presente, e o futuro é uma coisa que não existe. A cada segundo a gente vive o futuro é ele já passou. As coisas vão se modificando.
Eu acho que as bandas de rock, de hoje, que fazem música de protesto, não estão conseguindo espaço. A gente conseguiu um espaço com uma música de protesto depois de muitos anos tentando e fazendo música de protesto, e foi uma música que chegou a fazer sucesso por um certo tempo. Mas você a de concordar comigo que não há espaço pra esse tipo de música no Brasil e não há interesse da população. Então é muito mais difícil. É diferente daquela época. O Renato Russo escreveu Que País é esse em 78, é até hoje toca. Se você for pegar a história do Brasil, em relação a música, vai vê que ela está sempre conectada.
Os meios de comunicação de massa preferem distrair as pessoas para vida particular dos artistas, para o dia-a-dia de cada um dentro da televisão, mostrando a vida das celebridades, do que oferecer conteúdo para que eles possam desenvolver o senso crítico, até porque, se eles desenvolvem o senso crítico, o público vai começar a questionar a própria mídia que muitas vezes está fazendo um papel que a gente não sabe exatamente qual é. Na medida em que o entretenimento supera o senso crítico, as pessoas ficam anestesiadas. Esse é o grande prejuízo que a gente tem no Brasil. Um país que não é só despolitizado, é um país que não existe incentivo para que as pessoas desenvolvam mais o senso crítico. Elas pegam sempre o que é superficial, o mais fácil de comprar; discursos mais fáceis, assumem esses discursos sem entender o real sentido do que estão falando. Isso a gente vê em tempos de crise e tempo fora de crise, também.
Sempre tem alguém querendo levar vantagem sobre o outro, fura uma fila, compra uma carteira de motorista falsa, compra o guarda ou faz uma carteira de estudante pra poder pagar meia, e ai depois ficam falando da corrupção. É muito complicado você falar de corrupção se você também está sendo corrupto. Na medida que a gente corrompe a verdade com mensagens mentirosas na internet, facebook, e espalha um monte de mentira por ai, a gente também está sendo corrupto. Se não mudar aqui, não vamos mudar nunca lá em cima, porque a mudança começa  aqui e não lá.

R:  Eu sempre acompanho você nas redes sociais. Semana passada você publicou um texto falando sobre a má informação e  recebeu muitas criticas. Como você lhe dar  com essas críticas ?
Tico Santa Cruz: Quando a gente expõe a nossa opinião também deve está sujeito a ouvir opinião contrária. Vivemos numa democracia. Na minha página do facebook existem muitos ataques a minha pessoa e raramente eu bloqueio ou censuro alguém, só se o 'cara' passar muito do limite, no sentido de ofensas, ameaças, ai eu tiro. Mas quando a pessoa entra lá pra contra argumentar  a ideia, eu acho que é saudável porque até me ajuda a enxergar coisas que eu não esteja percebendo. Agora quando é puro e simplesmente pelo ataque, pela ofensa, pelo descontentamento de não conseguir construir um argumento e ai tentar desconstruir a minha imagem ou me difamar inventando mentiras sobre mim, acho que é perda de tempo. Eu não entro na página de ninguém pra ficar ofendendo, eu procuro criar  um argumento que possa gerar um debate, uma reflexão pra quem está ali naquela página.
Quando eu escrevo alguma coisa eu não estou impondo uma verdade absoluta. Estou colocando a minha visão dos fatos. Ela pode ser questionada, contestada e de preferência por palavras, frase e conteúdos que possam até a me ajudar a refletir sobre o que eu falei.
A minha página no facebook se movimenta muito, tem muitas visualizações, muitos argumentos a favor e contra mim. É a maneira que eu tenho de exercer e usufruir da liberdade de expressão e da democracia. Se eu não estiver preparado para expor a minha opinião e ter o contra ataque, a contra resposta, é melhor eu não expor nada, ficar calado e não escrever nada. Fica na minha casa, vivendo o meu mundo particular ali. Então, eu acho que é saudável desde que exista o argumento.
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ENTREVISTA COM O REI DO CARIMBÓ PINDUCA

Por Rubens Elias*Especial para o blog
O rei do Carimbó e o repórter por um dia, Rubens Elias
O município de Santarém teve muitos motivos para comemorar na noite de 11 de setembro. E como! A primeira razão deve-se à abertura do Festival do Çairé, na Vila de Alter do Chão, com a colorida disputa entre os botos Rosa e Tucuxi. A segunda, a elevação do carimbo – ritmo musical e dança popular – à Patrimônio Cultural do Brasil pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN), em Brasília. A terceira deu-se com a presença do mestre Pinduca na abertura do Çaíre, com seu ritmo de carimbó e lambada. Santarém comemorar a elevação do carimbó como patrimônio imaterial das culturas que compõem o mosaico identitário do Brasil foi quase como um presente. Presente dos ritmos, das danças e do desejo do Pará em ter uma de suas danças devidamente reconhecidas pelo Estado.

Santarém tem longa tradição na arte de carimbolar. Seja na esfera do folguedo – com inúmeros grupos de dança – quanto na de músicos que compõem músicas de carimbó, como o aclamado Roda de Curimbó, da Vila de Alter do Chão, que há muito vem reivindicando o reconhecimento do carimbó como patrimônio imaterial do Brasil. Diferentemente do carimbó tecido na região de Belém, cujo ritmo é marcado pela presença da guitarrada, o carimbó do oeste paraense é marcado pelos sons indígenas, o que somente demonstra a riqueza musical e cultural que tece os ritmos musicais no Pará, quiçá, Amazônia.

A seguir, uma conversa que tive com o mestre Pinduca, após a calorosa e animada apresentação na abertura do Çairé:

Rubens Elias: Nesse momento que o carimbó recebe o título de Patrimônio Cultural do Brasil, o que representa essa homenagem para você?
Pinduca: Para mim representa muita coisa... minha vida artística foi construída cantando os ritmos do carimbo... uma alegria para todos que cantam o carimbó (fala nesse momento com ênfase). Por exemplo, o carimbó aqui de Santarém é maravilhoso, de um ritmo bastante próprio e que o próprio Pará desconhece... a região do Salgado (região do nordeste paraense que tem longa tradição de carimbolar), não conhece as coisas que são feitas aqui e que são muito importantes.

R.E: Por que o carimbó demorou tanto para receber esse título, que por tão óbvio já deveria ter sido feito?
P: No Brasil inteiro quando se fala em carimbó logo se associa a Pinduca... assim como o forró é associado a Luiz Gonzaga, por exemplo. Claro que isso termina atrapalhando as coisas porque muita gente boa produz material rico e farto musicalmente. Há muito se tenta elevar o carimbó a patrimônio cultural do Brasil... O problema, assim vejo, é que o pessoal de raiz nunca aceitou meu trabalho, pois não consideravam de raiz... (pausa). Quando os pedidos baixavam em Brasília, lá não constava meu nome...

R.E: Qual o desafio para Pinduca, nesse momento da carreira?P: Eu vou continuar cantando carimbó. É a minha vida isso... já cantei na França, Alemanha, países da África... E é sempre uma alegria vir cantar em Santarém, melhor ainda estando presente no Çairé, vi esse festival nascer, o que é muito bom ver hoje a proporção de está tomando.Pinduca se apresentou na noite de ontem (11/09/14) no Espaço Alter do Chão.
* É doutor em Sociologia pelo PPGS - UFPB; professor e jornalista.

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ENTREVISTA COM FELIPÃO, EX FORRÓ MORAL

Foto: Messias Azevedo
Felipe Gurgel, mais conhecido como ‘Felipão’, veio de uma família humilde, mas muito unida. E foi em nome dessa união que ele decidiu, através de seu talento- a música-, correr atrás do sucesso, o que lhe traria dinheiro e felicidade. Sobre o dinheiro, Felipão estava certo, pois chegou a faturar milhões, mas a consequência e o preço que pagou foi muito alto. Acompanhe abaixo a entrevista que fiz com ele:

Bruna Jaqueline: Como tudo começou?
Felipão: Comecei a cantar porque queria fazer sucesso, pra ganhar muito dinheiro e ter a vida que eu nunca tive, pois vim de uma família de classe média baixa e passávamos muitas dificuldades financeiras. Eu pensava que quando ficasse rico ia ser o cara mais feliz da terra. Foi esse o principal motivo de eu ter começado a canta.
Consequências: Depois que entrei na banda, comecei a fazer sucesso. E Então, vieram as consequências. Minha família que era muito unida começou a se destruir. Meus pais trabalhavam comigo na época e a gente começou a se desentender por conta de dinheiro. Meu casamento já não ia mais bem porque eu fazia de 20 à 30 show por mês então não via mais minha esposa.

Família: Minha esposa engravidou no inicio da banda e eu não tinha tempo de viver meu casamento, minha família. Não tinha tempo de cuidar e nem de participar da vida deles. Vivia no mundo, mas sempre achava que o sucesso estava cada vez mais perto e que a felicidade estava no meu sucesso, e quanto mais eu entrava, mas infeliz eu ficava, piores as coisas ficavam, eram mais destruição na minha casa, na minha família...

Sucesso: E com tudo isso eu comecei a beber muito, comecei a sentir uma depressão muito grande porque eu percebi que nada daquilo me deixava satisfeito e eu vivia infeliz. Eu trabalhei muito tempo num objetivo e quando cheguei nele vi que era perdido, que não valia de nada.Produto: Eu tentei parar na época, falei pra minha família que eu não estava mais aguentando, mas como era uma estrutura muito grande que envolvia muito dinheiro, muitos funcionários e muitos empresários, ninguém queria parar. Eu era visto como um produto. Ninguém via se eu estava feliz ou não, ninguém se importava se eu estava bem ou não estava.

Tentativas: Tentei muitas vezes parar, pedia folga, pra dá um tempo, mas não tinha como parar. O forró movimenta muito dinheiro, são muitos show durante o mês. E como eu não conseguia sair, me afoguei na bebida por não encontrar outra saída. Uma vez disse que ia beber até morrer, e todo dia eu bebia com a intenção de me afundar mesmo, de morrer.Shows: Queria morrer pra não ter que dá mais conta de nada pra ninguém. E isso passou a ser diariamente porque todos os dias eu tinha show, tinha que subir no palco e ficar sorrindo, mas e eu não conseguia mais fingi e fazer aquela cena toda para as pessoas, não conseguia mais mentir então eu só fazia os shows bêbado.

Saída: E então chegou um dia que não deu mais. Foi nesse dia que eu acordei com muita ressaca e depressão. Acordei muito mal mesmo, era 8 horas da noite e tinha show as 10 horas. Ali eu fiz uma promessa a Deus que se Ele mudasse a minha vida eu nunca mais colocaria uma gota de álcool na minha boca. E aquela foi a primeira oração que fiz, mesmo que inconsciente, foi o primeiro contato com Deus.
Mudanças: E a partir dali as coisas começaram a mudar. Veio uma força dentro e eu decidi enfrentar a minha família e dizer que estava fora da banda. Uma semana depois eu saí e passei a vê os conflitos dentro da minha família.Ajuda: Conheci dois músicos evangélicos que me convidaram pra ir à igreja e eu me apaixonei por Jesus. Comecei a frequentar a casa de Deus em busca de algo que me preenchesse.
Mundo: Quando eu entrei na igreja as pessoas não entenderam, as primeiras conversas eram de que estava doido. Ninguém entendia, eram só critica, só pedrada. Questionavam porque eu não conseguia conciliar. Mas não dava pra continuar vivendo daquele jeito. Eu tive que realmente virar as costas para o mundo e seguir a Jesus.

Igreja:
Quando eu me converti a igreja estava vivendo um momento muito sofrido de pessoas que começavam a frequentar, mas depois saiam. Por isso foi muito difícil, elas não estavam acreditando e questionavam: Será mesmo que ele converteu? Será só fachada? Será que ele não veio atrás de ganhar dinheiro dos crentes? As pessoas só acreditavam quando os pastores indicavam.Criticas: As criticas eram muito, tanto que gravei um CD que não era de forró, pois eu não queria mais cantar esse ritmo. Quando gravei o primeiro DVD, decidi que não ia mais cantar, falei pra Deus: Eu desisto. Não quero mais cantar, mas vou continuar na igreja. Eu não queria me afastar de Jesus, mas cantar pra Ele estava complicado.

Reversão: Mas Deus reverteu esse quadro. Foi um tempo de maturidade no Ministério, das pessoas verem credibilidade na nossa Palavra, no que estavam pregando. Então hoje eu estou vivendo o melhor momento de todo esse tempo, desde a minha conversão.Novo Felipão: Hoje é um Felipão muito feliz. Apaixonado pelo evangelho. Eu digo que não fui chamado só pra ser crente, não. Fui chamado pra entra numa guerra e pra levar o evangelho onde eu puder levar. E é o que tenho feito! Não quero nunca ter que prestar conta com Deus e Ele dizer que eu poderia ter feito muito mais e não fiz.

Ministério: Temos procurado dar o nosso melhor. Não temos medido esforços para levar evangelho onde a gente pode, seja numa escola, num presidio, numa rua, numa delegacia ou num grande evento... Não temos estabelecidos limites para levar a palavra de Deus. Esse é o nosso foco e daqui pra frente vai ser assim.Santarém: Santarém terra tão amada que me recebeu tantas vezes, hoje pode ver através da minha vida o que Deus tem feito na vida das pessoas. Toda essa transformação, essa mudança... Digo a vocês que Jesus é real.

Caminho
: Eu ouvia falar de Jesus, mas era um Jesus tão longe, um Deus que ficava lá no céu e a gente aqui na terra. Era um sofrimento e uma luta diária. Eu nunca imaginei que Deus pudesse viver comigo, ao meu lado, me dando visão e sabedoria de como conduzir a minha casa, a minha família. Mas hoje eu tenho isso. Eu passei a ter Deus como um pai mesmo, um amigo! Não tem outro caminho para a humanidade.Depressão/vazio: Nós temos viajado muito, temos andado em boa parte do Brasil, senão em todo ele. E a gente vê que as pessoas estão muito infelizes. É geral esse vazio, é geral essa depressão. As pessoas que não estão vivendo com Deus estão sofrendo muito. O diabo não tem brincado.Jesus: Em Santarém temos a felicidade de ver igrejas imensas. Isso é maravilhoso, mas tem gente que ainda precisa acordar. Então Santarém, acorda pra Jesus! Vem andar com Jesus! Vem provar o que Jesus tem pra ti!

Irmãos:
E pra você que está na igreja esse é o caminho, fique ai, não seja morno nem frio, entra fervendo na presença de Deus. Busque e leia a Palavra, procure servir ao Senhor no evangelho porque não tem outro caminho pra nossa vida. Jesus já está voltando e nós vamos subir pra morar no céu de gloria.

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ENTREVISTA COM CANTOR GOSPEL DD JÚNIOR

Foto: Messias Azevedo
Djamilton Júnior, mais conhecido como DD Júnior, começou carreira musical com seis anos de idade. Depois da experiência no meio secular, o cantor se converteu ao cristianismo e passou a se dedicar à música gospel. Após oito anos como cantor evangélico, o músico lança ano passado (2012) seu primeiro CD solo intitulado Filhinho de papai.

Confira abaixo a entrevista concedida por DD Júnior sobre sua carreira, vida e testemunho.

Bruna Jaqueline: É a primeira vez que vem à Santarém. Como você o fato de suas canções e testemunho de vida alcançarem positivamente tantas pessoas?
DD Junior: A cada lugar que vou, é uma oportunidade que Deus me dá de quebrar paradigmas e buscar mais adoração ao Senhor através dos estilos, dos instrumentos musicais e das danças. Deus me lentou para, com ousadia, levar a alegria dEle por todos os cantos. Vim à Santarém pela primeira vez é um presente de Deus porque vim para ser um canal de dEle na vida dos jovens daqui. Vim para poder transmitir aquilo que eu tenho recebido na minha vida. Compartilhar com a juventude jump dessa cidade, com as famílias, com as crianças, com os jovens de todas as idades, porque a adoração não tem limite, não tem idade não tem estilo. Nós podemos adorar ao Senhor com todos os ritmos musicais, por isso o afé music e a louvadeira chegaram na cidade.

BJ: A louvadeira e o afé music são ritmos que tem conquistado o publico gospel. Como surgiu? 
DD: Quando eu era do mundo, eu tocava o axé music e assim que eu me converti o Senhor trouxe uma palavra ao meu coração: “Eis que tudo se fez novo”. O ritmo é um titulo, o axé music é um titulo. Sabemos que a fé vem pelo ouvi e então comecei a chamar esse novo ritmo de afé music juntamente com uns discípulos meus de Maceió. E o nome pegou. O afé music começou a se espalhar. O louvadeira antes era denominado como swingueira, mas o swing é uma palavra que tem uma conotação de troca de casal, claro que o pessoal que entende de musica sabe que swing é o tempero da música, mas resolvemos tirar o swingueira e chamar de louvadeira, e ficaram esses dois estilos que estão se espalhando pelo Brasil.

BJ: Por muito tempo você cantou no meio secular. Como foi para acontecer toda essa mudança na sua vida ?
DD: Eu era um jovem que como muitos, sonhadores. Depois que eu descobri a musica, o meu sonho era ser um cantor famoso, e juntamente com meu pai, meu maior motivador, comecei a correr atrás desse sonho. Da fama, do sucesso, só que nesse caminho eu comecei a me envolver em muitas coisas que o mundo oferece: maconha, bebida, mulheres, e isso foi trazendo um grande vazio para o meu coração. E aos poucos, eu fui percebendo que o que eu estava fazendo não estava agradando a Deus porque eu conhecia um pouco da palavra, através da minha vó, que é evangélica. Ela sempre me falava: “meu filho, você vai alcançar o sucesso, mas não é desse jeito que você está buscando”. Eu estava trilhando um caminho errado, mas nesse caminho eu me deparei com o amor de Jesus Cristo que me transformou de verdade e me resgatou. Tirou tudo aquilo na minha vida: a droga, a bebida, e eu alcancei o sucesso.

BJ: E que sucesso é esse?
DD: De vê a minha família feliz. De chegar em casa e poder abraçar a minha esposa, meus três filhos, poder dormir em paz e ter a paz verdadeira que é Jesus Cristo, pois Ele me fortalece todos os dias. Hoje eu posso deixar Jesus na vida das pessoas, antes eu queria aplausos para mim, hoje, é ao contrario, os aplausos são para o Senhor porque é Ele quem faz maravilhas, realiza milagres e transforma vida de jovens em cada lugar que a gente vai, que gente ministra, que a gente testemunha. Poder ser um canal de bênçãos na vida das pessoas é algo maravilhoso, tremendo.

BJ: Deixe uma mensagem para os cantores que ainda buscam a fama no mundo.
DD: Foi Deus que nos deu o dom e o talento e quando a gente entende que podemos levar uma mensagem através da nossa musica e da Palavra, entendemos que deixaremos preciosidades na vida das pessoas – mensagens que edificam -. Hoje, você liga o rádio e começa a ouvir tantas letras indecentes que desvalorizam as mulheres, as pessoas e trocam os valores que a bíblia nos ensina. Então, você jovem musico que tem esse dom precioso, você foi escolhido por Deus. Entrega o teu talento o teu dom no altar porque Deus vai te usar e você vai ver os frutos e esses frutos são verdadeiros, são vivos e ficam para sempre. Você poder deixar um legado na vida das pessoas é algo muito bom. Deixa Ele te usar porque você vai realmente ser recompensado através de testemunho de pessoas que vão falar assim: Eu vi você cantando e aquela canção tocou a minha vida.


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ENTREVISTA COM NELSON JÚNIOR-DO MOVIMENTO EU ESCOLHI ESPERAR


Foto: Messias Azevedo

Eles já são um milhão e meio no facebook, 41mil no instragam e mais de 200mil no twitter. Se reúnem em torno do ‘Eu Escolhi Esperar’, movimento cristã que atua em duas áreas específicas: sexualidade e vida sentimental, com o objetivo de encorajar, fortalecer e orientar principalmente adolescentes, jovens e pais sobre a necessidade de viver uma vida sexualmente pura e emocionalmente saudável. O autor da campanha é o Pastor e teólogo, Nelson Júnior, que esteve em Santarém, e em entrevista falou mais sobre essa febre nas redes sociais.

Bruna Jaqueline: O que é o movimento ‘Eu escolhi Esperar’?
Nelson Junior: Escolhi esperar é uma campanha que visa encorajar e fortalecer o jovem cristão a entender o plano de Deus para suas vidas. Trabalhamos em duas áreas especificas: vida sentimental – para entender que há tempo certo e a pessoa certa pra se relacionar -, porque hoje relacionamento é algo que está muito banalizado, inclusive na igreja, onde as pessoas se tornaram descartáveis, os relacionamentos se tornaram descartáveis... e; também trabalhamos com vida sexual - onde mostramos para as pessoas os planos de Deus para viver uma sexualidade pura. Entender que quando nós falamos de sexo, não se restringi ao ato em si, a prática em si, mas viver uma realidade plena, saudável, segura e pura em todos os seus âmbitos.

BJ: Por que criar a campanha?
N.J: Nós criamos essa campanha primeiro para fortalecer e encorajar os que já tomaram a decisão porque é uma decisão muito difícil. Mostrar que eles não estão sozinhos. Depois mostrar para os que ainda não estão decididos, o porque que valeria a pena tomar uma decisão como essa.Hoje nós alcançamos os solteiros, porque na igreja tem ministérios de casais, de jovens, de adolescentes, mas, as vezes, não tem um ministério de solteiros, que trate só da vida dos solteiros, então foi ai que nasceu o Eu Escolhi Esperar.

B.J: Por que vale a pena esperar?
N.J: Existe o que todo mundo vive, que é o que todo mundo já conhece, que é a forma de se relacionar, que gera muitas feridas na alma, que gera muitos relacionamentos frustrados, então já tem uma forma estabelecida que é o namoro, e tem o que Deus planejou para nós vivermos, viver um amor pra vida inteira. As pessoas testam muito pra viver esse amor. E eu creio que se a pessoa viver no centro da vontade do Senhor, ela vai encontrar esse amor. Foi o que eu fiz, eu vivi no Centro da vontade do Senhor, e foi lá que eu encontrei a Ângela. Eu estava no centro da vontade dEle e Ele me trouxe a Ângela porque ela era a outra pessoa que estava no centro da vontade dEle, e foi lá que nós nos encontramos.

BJ: E as pessoas que já se relacionaram. Como o movimento trabalha na vida delas?
NJ: Mostrando que nunca é tarde para fazer o que é certo. Que os erros do passado não podem roubar o brilho das decisões e das escolhas certas que nós tomamos hoje. Deus é um Deus de recomeço, um Deus de nova chance. Que Deus faz tudo novo, de novo, Deus reconstrói e restaura as historias. Nunca é tarde para recomeçar. E essa é a especialidade de Deus, regenerar pessoas.

BJ: Que versículos na bíblia encontramos a base para o “Eu Escolhi Esperar”?
N.J: [Na bíblia], você vai lê mais de 300 versículos com promessas para aqueles que esperam em Deus. De Genesis a Apocalipse a espera é algo que faz parte da vida de todo o Cristão. Mesmo depois que as pessoas se casam a espera continua. Então a espera não é só para uma área, mas como filhos de Deus, precisamos aprender a esperar em todas as áreas da nossa vida.

BJ: Deixe uma mensagem para os leitores que escolheram esperar.
NJ: Tudo que vale a pena possuir vale a pena esperar. Vale a pena esperar aquilo que vai ser para a vida inteira. Eu escolhi Esperar e hoje posso dizer que vale a pena. E você, qual é a sua escolha hoje?

Nelson Junior, casado com Angela Cristina, pai de Ana Carolina e Milena. É pastor desde 1998, formado em Teologia pelo IBAD, é da Igreja em Vitória e membro da Associação de Pastores Evangélicos de Vila Velha. Trabalha com jovens e adolescentes há pouco mais de 20 anos.


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ENTREVISTA COM CANTORA GOSPEL LUDMILA FERBER

Foto: Messias Azevedo

Ludmila Ferber é uma das cantoras gospel mais queridas do Brasil. Através de sua voz, ela tem levado a mensagem de amor e transformação a cada canto do Brasil e do mundo. Ao lado de seu esposo, Pr. José Antônio Lino, Ludmila pastoreia a Igreja Celular Internacional, em Copacabana – RJ. Casados desde 1988, são pais de três filhas: Ana Lídia, Vanessa e Daniela.Suas canções que levam a Palavra de Deus e testemunha o evangelho de Cristo, marcam a história da igreja brasileira, sendo uma das vozes femininas que mais vendem no território nacional. Fato que serve para revelar o que Deus tem feito com seu ministério profético que já ultrapassa a marca dos 15 anos.

A cantora esteve em Santarém no último dia 20 de julho de 20113 para realizar um show gospel, como parte da programação de aniversário da cidade. No Barrudada Tropical Hotel, Ludmila Ferber concedeu entrevista exclusiva.

Bruna Jaqueline: Em sua apresentação, a você falou que o Brasil vive hoje um momento único e de oportunidades. Que momento e que oportunidades são essas?
Ludimila Ferber: Nós temos uma mobilização de uma nação inteira. O povo indo às ruas. Por causa de 20 centavos? (pausa). É impressionante, que as pessoas de diferentes classes sociais, estão unidas. O Brasil está cansado de tanta violência, de tanto descaso, de tanta impunidade. Quando eu declarei, quando eu disse hoje a noite que uma janela de Deus se abriu sobre o Brasil, é uma oportunidade que nós temos para mostrar que uma transformação genuína, uma transformação efetiva vem apenas através da igreja. Através de uma vida na presença de Deus.

BJ: O que faz do povo brasileiro merecedor dessa oportunidade?
L.F: A sede de mudar o Brasil vem crescendo de geração, após geração. Nós vemos uma situação que está se tornando insustentável. A gente sabe que o Brasil melhorou em alguns pontos, mas a gente também sabe que ninguém vive uma vida, uma existência feliz e satisfeita, se sentindo alguém apenas tendo um prato de comida na mesa.Nós temos muito potencial. O Brasil é praticamente um continente. O Brasil é imenso. O caráter bondoso do povo brasileiro é uma coisa inegável. Aonde o brasileiro vai parece que um pedaço do sol vai com ele. O brasileiro ilumina as outras nações porque há uma promessa de avivamento para essa nação chamada Brasil. Há uma promessa de vida, de prosperidade

.B.J: Qual é a nossa realidade hoje?
L.F: O Brasil como terra é riquíssimo, é de uma fertilidade absurda. Nós sabemos que o próprio sertão nordestino tem jeito. Que é cheio de água ali. Basta querer. É uma questão de querer. E nós veremos homens e mulheres irrepreensíveis se levantarem nesses últimos dias de baixo do cetro divino com uma palavra poderosa na boca. Moisés de Deus se levantarão nesses dias, Danieis de Deus, Davis de Deus, Rutes e Déboras de Deus se levantarão nesses dias para mudar a cara, para mudar a essência dessa nação chamada Brasil.

B.J: O que nós, como cristãos, devemos fazer diante disso?
L.F: Evangelizar, orar, dar bom testemunho. Estar sempre adorando, intercedendo e exercendo um caráter cristão e de princípios de vida.B.J: O que é fundamental?L.F: Caráter é fundamental. Todos aqueles que são de Deus sabem disso. A igreja precisa amadurecer. Deus ama as multidões, mas ele só precisa de um coração, e se Ele achar em você um coração, Ele vai fazer de você o Moisés dessa geração, alguém que em si mesmo, na sua autoridade, não pode fazer muita coisa, mas em Cristo pode fazer tudo.

B.J: Deixe uma mensagem para o povo de Santarém.
L.F: Santarém! Santarém aquecida pelo calor de Deus e umedecida pelas águas de Deus. Volta os teus olhos para Jesus Santarém! Dobra os teus joelhos e clama sem cessar e Deus te ouvirá.Que vocês (que estão lendo) recebam a vida de Deus. Que o poder do amor de Deus alcance vocês e suas famílias.Não desistam, não parem de crer. Os sonhos de Deus jamais vão morrer. Aguenta firme! Continue a lutar, nunca pare de lutar. Coragem! O Céu inteiro se move para que a gente vença e você vai vencer, em nome de Jesus!Ludmila é pastora, cantora e escritora. Descendente de judeus, russos, espanhóis e portugueses, ela se tornou evangélica após seu pai ser curado de câncer.


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ENTREVISTA COM /CANTORA SHEILA ARAÚJO

Foto: Facebook
Ela tem uma voz simplesmente 'linda'. É dona de um incrível talento que aos poucos vem sendo revelado ao mundo. Sheila Araújo tem apenas 21 anos, e é uma das agradáveis revelações da música sertaneja em Santarém nos últimos anos. É com essa aquariana linda e simpática a segunda entrevista do Blog. Vale a pena dá uma conferida!

Bruna Jaqueline: Quando surgiu a vontade de cantar?
Sheila Araújo: Desde pequena cantava em casa e escola. Ouvia muita moda na boleia do caminhão do meu pai, foi a partir dai que comecei a me apaixonar pela música.

B.J Quando foi a sua estreia nos palcos?
S.A: Passei 10 anos afastada. No ano de 2010, cheguei a montar junto com amigos uma banda chamada MPBLUS, mas não deu certo. Depois de um tempo surgiu à oportunidade pra cantar numa casa de show em Santarém, daí graças Deus não parei mais.

B.J- Qual foi a sensação?
S.A: Bom, encarar o publico depois de tanto tempo não é fácil, é uma mistura de euforia com adrenalina e a sensação é de dever cumprido e um sonho realizado....

B.J: Além de cantar, quais suas outras habilidades?
S.A: Morar em Santarém, me abriu um leque de oportunidades. Já fiz locução na rádio e comerciais para Rádio e TV.

B.J: Quando pretende gravar seu primeiro CD? Quais as novidades de Sheila Araújo o público pode esperar?
S.A: Estamos estudando nesse projeto com um carinho especial para que o público aprove. A expectativa é a melhor de todas, ainda não temos previsão de quando exatamente, mas o que posso adiantar é que em breve teremos o CD de Sheila Araújo e Banda.

B.J: O que a fama representa para você?
S.A: ‘Costumo dizer que independente do que você faça, seja qual for a sua profissão, é preciso ter humildade para ouvir, entender e aprender. Então, a fama é consequência, do que você representa para o publico.

B.J: Uma influência Musical?
S.A: Gosto e respeito todos os estilos de musicas. Admiro o trabalho e talento de muitos. É até difícil dizer um em especial. Cada um passa informação, sentimento diferente. Destacando os santarenos que tenho um enorme respeito e carinho Sebastião Tapajós, Nilson Chaves, Jana Figarella, Cristina Caetano entre outros que cantam e encantam...Aprecio com muito carinho de um modo geral o Sertanejo em si, desde a raiz o modão mesmo, até o mais atual o sertanejo Pop Universitário.

B.J- Deixe uma mensagem a seus fãs.
S.A - Nossa!!! Fãs!!! Bom, conquistar o carinho e reconhecimento do publico, não é fácil! Costumo dizer a todos que “NUNCA desistam de lutar pelos seus SONHOS”

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ENTREVISTA COM GABY AMARANTOS
Foto: Nilce Soares

Ela é a rainha do tecnobrega e tecnomelody. Conhecida como a Beyoncê do Pará, Gaby Amarantos está levando o Pará para o mundo de através do novo ritmo que está contagindo o País.
Em uma de sua visitas a Pérola do Tapajós, a cantora concedeu entrevista exclusiva ao blog, no hotel onde estava hospedada. Confira:

Bruna Jaqueline: Como se sentiu ao quando ganhou o prêmio de cantora revelação no Programa do Faustão?
Gaby Amarantos: Me senti muito feliz, como cantora paraense, em representar o Pará nesse programa que participam só os melhores, cantores renomados e conhecidos. Me senti feliz por levar o tecnomelody para fora da nossa região, e conhecido para todo o Brasil.

B.J: O que mudou na sua vida, depois do reconhecimento da mídia nacional?
G.A: O prêmio no Faustão, foi meio que minha apresentação para o Brasil, a cantora não só do tecnobrega, mas como da música paraense.

B.J: Quais são as suas grandes inspirações musicais?
G.A: Eu gosto muito de cantores brasileiros, musicas antigas. Gosto muito de samba, então ouço muito Cartola, escuto músicas que não tem nada haver com tecnobrega, gosto de Jazz.Pra mim, as cantoras brasileiras são as melhores do mundo. E na nossa terra também temos muitos cantores bons, como a Fafá de Belém, que é em quem me inspiro bastante.

B.J: Como você achou inspiração para essa sua incrível aparência e estilo?
G.A: O meu estilo é baseado em mim mesma, é uma coisa minha. E apesar de ter essa comparação com Beyonce, que eu acho que não tem nada haver, tenho meu estilo próprio, tenho meu jeito de dançar, tenho o meu jeito de me vestir. Gosto de me vestir de maneira extravagante quando estou no palco. Quando as pessoas me vê na rua ficam se perguntando: “será que é ela mesmo”- de tão diferente que fico com uma roupa mais discreta, normal. Não é aquela coisa Lady Gaga que está o tempo inteiro com um personagem, que não tira e não deixa ninguém vê. Existe a Gaby Amarantos, pessoa física e existe a Gaby Amarantos, a artista.

B.J: Quando e como surgiu o título de Beyoncê do Pará?
G.A: Sempre me compararam com a Beyoncê. Uma vez em um show de aproximadamente 30 mil pessoas, um grupo começou a grita e me chamar de Beyonce repetidamente. Eu estava com o macaquinho preto que era a sensação do momento, e comecei a cantar a música 'Hoje estou solteira' versão da banda Os Brother, e desde dai...Os jornalistas começaram a falar: “a Beyonce do Pará”, “O Brasil tem sua Beyoncê”. Sempre me chamam de Gaby Amarantos, entre parentese, a Beyoncê do Pará. Eu acho um máximo, acho um elogio. Mas eu não quis ser a Beyonce, foi uma coisa que aconteceu naturalmente.

B.J: Se você não fosse cantora, o que gostaria de ser?
G.A: Artista. Fazer algo que envolvesse teatro, arte, mas eu não me vejo fazendo outra coisa que não seja cantar.

B.J: Quais são seus próximos projetos?
G.A: Um CD novo, disco novo, um clipe que vai ser lançado daqui há duas semanas que pretendemos mandar para a Europa e outros países com o objetivo de levar o tecnobrega para o mundo.Tem o DVD que já gravei que será exclusivo para internet. Não é pra vender, é pra galera baixar e mesmo.Tem muitos projetos, muitos shows. Estamos levando muito a música paraense nesses novos guetos, e lugares onde ela ainda não tinha chegado.

B.J: Mensagem para os fãs santarenos:
G.A: Eu tenho muito carinho por esse lugar que acho lindo, aqui é a cara do Pará. Estamos no momento de divisão dos estados e digo que, o que seria Carajás eu não sinto como Pará, porque lá têm muitas pessoas de Goiânia, algo muito sertanejo, mas aqui, eu sinto que tem muita coisa do Pará na cultura das pessoas.E eu fico muito feliz em ver essa parte do Pará crescendo. Independente da decisão do povo, eu quero que seja feito o que é melhor para todo mundo.


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ENTREVISTA COM EVERALDO PEREIRA - CANDIDATO A PRESIDÊNCIA DA REPÚBLICA DO BRASIL
Foto: Lukas Moraes

O PSC (Partido Social Cristão) anunciou, em maio de 2013, que lançaria candidato próprio nas eleições presidenciais de 2014: o pastor Everaldo Pereira, vice-presidente nacional da sigla e principal liderança do partido no Rio de Janeiro. O anúncio foi feito pelo líder do PSC na Câmara dos Deputados, André Moura. Depois da decisão tomada, Everaldo vem fazendo uma "peregrinação" por todo o país para colher sugestões para elaborar o plano de governo. Santarém foi uma das cidades já visitadas pelo pré-candidato à presidência, e entrevista exclusiva ao Jornal In Gospel nos contou o porquê da candidatura.

Bruna Jaqueline: Qual é a finalidade do PSC à frente da presidência da República?
Everaldo Pereira: O Partido vem crescendo desde que o assumimos em 2003, no qual elegemos um Deputado Federal. Em 2006 elegemos mais nove e em 2010, 17 deputados federais e um senador. Temos como meta, em 2014, fortalecer o Partido diante do quadro da politica nacional em que a população se encontra, demandando algo novo. O PSC acredita que tem uma proposta para a sociedade brasileira, não só no aspecto de princípios e de moral, mas efetivamente de melhorar a situação de investimentos em educação, saneamento e saúde.A nação brasileira carece de alguém, no momento, que possa trazer, além, dos princípios que estão sendo degradados na sociedade brasileira, uma arrumação na economia para que a riqueza do Brasil possa ser melhor distribuída.

B.J: O que os cristão, podemos esperar do PSC?
E.P: É uma proposta que vamos colocar, não só a população cristã, mas para todos... Nós temos dado exemplo na administração do Partido Social Cristão que efetivamente trabalhamos com honestidade, sem corrupção e temos atendido a demanda da população colocando o ser humano em primeiro lugar. E acredito que, com temor a Deus, temos condições de governar a nação brasileira, sem compactuar com a corrupção e com a degradação dos bons costumes da população.

B.J: De que forma o PSC tem nos representado?
E.P: Nós acabamos de dar, recentemente, uma demonstração, quando o Deputado Marco Feliciano assumiu a Comissão de Direitos Humanos (CDH). Quiseram tirá-lo e criaram o maior problema, mas nós do PSC ficamos o pé, fincamos nossas força lá e não abrimos mãos. Então nós do PSC sempre vamos defender a vida e a família, como consta na Constituição Brasileira e como consta na Palavra de Deus. Esses são pontos fundamentais pra nós: defender esses princípios, mas defendendo também que a família precisa de educação de qualidade, precisa de saúde, precisa de saneamento básico, precisa de emprego, enfim... Nós defendemos a família no conjunto total da sociedade. Aquilo que Jesus falou: Eu vim para que tenham vida e vida em abundância. Isso não quer dizer só vida espiritual para nós, mas também, a vida aqui. Pagamos impostos, usamos transportes, usamos os hospitais, usamos escolas e por isso teve ter qualidade também.

B.J: A Assembleia de Deus de Santarém completou 85 anos de evangelismo na cidade. Qual sua mensagem para a igreja?
E.P: O nosso desejo à Assembleia de Deus, que completa 85 anos, se Jesus não vier antes, dobre essa idade, fazendo sempre a vontade de Deus e buscando tirar vidas e almas que estão perecendo nas garras do inimigo. O objetivo da igreja é elevar o evangelho do reino para que haja salvação. Então, desejo que a igreja continue avançando, que continue nessa marcha, até Jesus voltar...Pastor da Assembleia de Deus, casado, atuário, corretor de seguros e vice presidente nacional do PSC.

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ENTREVISTA COM PASTOR CLAÚDIO DUARTE

Lukas com Claudio Duarte


Cláudio Duarte é conferencista e pregador, membro da Igreja Batista Monte Horebe em Campo Grande e pastor local na filial da Barra da Tijuca, no Rio de Janeiro (RJ). Tornou-se conhecido mundialmente por suas mensagens direcionadas aos casais e por sua forma bem humorada de tratar cada temática. Os vídeos do pastor já alcançaram milhões de acessos no canal Youtube e hoje, ele é um dos conferencistas mais requisitados na área da família. Em entrevista ao jornalista Lukas Morais, Claudio falou sobre sua vinda à Santarém.

Lukas Morais: Como surgiu essa maneira divertida e bem-humorada de pregar?
Claudio Duarte: Isso aconteceu na escola bíblica dominical, onde eu trabalhava com jovens. Não foi nada programado, como você disse, aconteceu. Eu comecei a usar textos bíblicos e a brincar com eles. Foi ficando agradável para mim que brincava e foi ficando atraente para as pessoas que ouviam. Então as coisas foram crescendo e nós chegando ai onde estamos hoje...

L.K: Você fala de assuntos muitas vezes considerados “tabus” pelas igrejas. Como é se levantar para falar sobre essas coisas e como você venceu essas barreiras?
CD: O tabu é pra igreja e não pra mim! Os tabus são para os religiosos. Eu não tenho problema nenhum de falar de adultério, de homossexualismo, sexualidade, sexo...Até porque o meu objetivo é levar santidade. Eu não trato dessas coisas para levar pornografia, nem desprezar... Pra falar palavras pejorativas, pra diminuir ninguém, muito pelo contrário. Eu trabalho com humor, e se tem uma coisa que eu não gosto é ver ninguém sofrendo, ninguém chorando... Meu objetivo é sempre levar alegria, é levar prazer as pessoas. Mas antes das pessoas terem prazer, a bíblia ensina que eu tenho que ser santo. Se o meu prazer causa danos a minha santificação, ele não é bom pra mim, ele não é benéfico. Então o que acontece? Eu mexo mesmo nesse assunto, algumas pessoas gostam, outras não gostam, mas no dia que alguém falar comigo que o que estou falando é mentira, ai eu vou rever meus conceitos, porque o pai da mentira é o diabo. As pessoas simplesmente dizem que são verdades que elas não gostariam que eu falasse.

L.K Sua popularidade no youtube lhe levaram à Tv brasileira. Os programas seculares têm telespectadores de todos os tipos. Quais as precauções que toma, ao participar de um?
CD: O meu ministério surgiu, mais ou menos, há oito anos, então ele, praticamente, chegou com esse boom da internet. A internet me deu uma visibilidade muito grande, e o Brasil também vive um modismo, nesses últimos anos, com o stand up comedy, que entrou na moda e como eu trabalho com humor, juntou as coisas: a internet, o modismo do stand up comedy, mais toda essa estrutura e, eu além de tudo isso tenho o principal, e que acredito, a benção de Deus e a autorização pra fazer. Eu confesso que eu não tomo muito cuidado não, a maneira que eu falo, eu chego lá... Pode notar. As pessoas que assistiram o programa viram que normalmente a maneira que eu tratei lá é a mesma que eu trato na igreja. Eu sigo normalmente um padrão. Não fico preocupado se é secular ou evangélico. Às vezes as pessoas fazem muito essa distinção. Eu não! Lógico, se eu for num ambiente secular eu não vou usar aquele linguajar peculiar, muitas vezes, da igreja, mas os valores são os mesmo, não dá pra negociar com o pecado...

L.K: Qual é o segredo para se ter uma família bem sucedida?
DC: Ser flexível. Ter flexibilidade e não enrijecer seu posicionamento sua postura. Esteja sempre disposto a ouvir... A flexibilidade nos expõe a mudança e quem está disposto a mudar, vai fazer muito bem pra sua família.

L.K: Já tinha ouvido falar de Santarém ?
CD: Nunca estive lá, mas tenho um amigo, o pastor Aber Huber. Já estive em Fortaleza com a turma lá.

L.K: Deixe uma mensagem para os casais dessa cidade?
C.D: Eu sei que vocês têm ouvidos grandes mensagens. Sei que o pastor Abe tem feito um trabalho muito grande e isso criou em mim uma expectativa muita prazerosa de estar ai com vocês ministrando a Palavra de Deus e eu confesso: Vou ai pra ver o sorriso de vocês. Pra mim, nada vale mais do que um sorriso de uma pessoa... Então que Deus continue abençoado. Continuem orando por mim, pelo meu ministério e muito obrigado... Que Deus abençoe.

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ENTREVISTA COM CANTOR GOSPEL JUNIOR LIRA
Foto: Messias Azevedo

Roberto Neilo Cavalcante Porto Junior Lira, membro da Comunidade Cristã de Manaus, cresceu ouvindo todos os gêneros musicais e começou a cantar desde cedo. Participou de várias bandas de forró no mundo secular. Na busca por suprir o vazio que sentia, ele entrou no mundo do vicio e da prostituição. Em meio as tribulações, Junior Lira teve um encontro com Jesus, e então decidiu renunciar tudo para se tornar um servo. Assim, teve sua vida e família restauradas. Hoje, ele e sua esposa são lideres de setor, tendo sob sua cobertura mais de 60 pessoas. E através do forró gospel tem ganhado muitas almas pra Jesus.

Bruna Jaqueline: Quando foi a primeira estreia de Júnior Lira nos palcos?
Junior Lira: Foi de 11 para 12 anos. Quando comecei a participar da banda Safari. Era uma banda de amigos, e éramos todos bem novos. Montamos essa banda só para brincar, mas deu certo.

B.J: Como foi sua integração no universo musical?
J.L: Fui me profissionalizando. Passei a participar de bandas de grande expressão em Fortaleza. Trabalhei em uma banda chamada Cavalo de Pau, do Grupo mastruz com leite e nela, viajei muito pelo Brasil a fora. Nessas andanças chegamos a Manaus e aqui montei a minha banda, ‘Segura a pisada’.

B.J: E quando ouviu falar de Jesus pela primeira vez?
J.L: Desde novinho minha tia me falava de Jesus. Sempre gostei, mas nunca me interessei em ser evangélico. Eu dizia que tinha Deus no meu coração e pra mim isso era o suficiente.

B.J: Dentre as bandas de forró, você se tornou uma pessoa bastante conhecida e alcançou muitos fãs, pelo carisma, simpatia e alegria contagiante. Era a sua realidade?
J.L: Quando montei minha banda, eu já estava muito envolvido com as coisas do mundo e então me viciei em drogas e entrei na prostituição. Comecei a ver que tudo que eu fazia não estava me fazendo feliz e que eu tinha um vazio no meu coração que estava tentando preencher com drogas. Nesse período tive depressão, tentei me suicidar varias vezes, mas pela graça de Jesus nada me aconteceu.

B.J: Qual foi a solução?
J.L: Quando estava afundado no pecado, me vieram lembranças da infância, do que minha tia falava sobre Jesus, e das pregações dos meus amigos quando cheguei ao Amazonas. Então, mesmo no vicio, eu comecei a buscar Deus. Comecei a ir para a igreja. Ainda estava cantando na banda, mas não deixava de ir, pois via que o vazio que sentia estava sendo preenchido pelo Senhor. E então no final de 2008 eu decidi renunciar tudo e tomar uma decisão de servir a Jesus. Só cumpri a agenda de shows, e passei a caminhar com Cristo.

B.J: O que a fama representa pra você hoje?
J.L: Nada. A bíblia diz: do que adianta ganhar o mundo inteiro e perder sua alma? Do que adiantava eu ter muita fama no meio secular, ganhar dinheiro, ter prazeres, ser reconhecido pelas pessoas, mas ser infeliz. Hoje eu quero verdadeiramente, a cada dia, ser servo de Deus. Quero viver no centro da vontade de Deus, e leva a palavra de dEle através da minha música e do meu testemunho.

B.J: No inicio deste ano você gravou o seu terceiro CD. Quais são os próximos projetos de Junior Lira e banda?
J.L: Estamos com um projeto de um DVD que deverá sair no final do ano. Mas está nas mãos de Deus, pois todo o projeto que fazemos colocamos nas mãos do Senhor. Lançamos a pouco, nosso último CD chamado ‘Forrozeiro adorador e estamos terminando um de só de arrasta pé, que é Junior Lira ao vivo no Sem João com Cristo.

B.J: Deixe uma mensagem para os leitores.
J.L: Salmo 37:4-5: ‘entrega o teu caminho ao Senhor, confia nEle que o mais Ele fará. ‘Agrada-te do Senhor que ele satisfará o desejo do teu coração’. Não olhe para as circunstancias, olhe para Jesus, autor e consumador da nossa fé. Sua simpatia, animação e espontaneidade faz com que Gaby 'roube' a cena onde chega. Considerada cantora revelação no Programa do Faustão, ela traça novos projetos à nível internacional. Em uma de suas visitinhas a Pérola do Tapajós tive a oportunidade de bater um papo com ela no hotel, onde estava hospedada.

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